quinta-feira, agosto 31, 2006

Pá! Alguém que se revolte??

http://www.sporting.pt/Centenario/Noticias/noticiasce
ntenario_centenario
corridatouros_210806_28333.asp

Nota de autor: não sei como, mas se carregarem no "ario" ( 2ª linha) vão parar ao site pretendido.... foi o melhor que consegui e nem sei como...

Corporate Club



Este é o anúncio do "Corporate club" do Sporting. A campanha destina-se a motivar empresas a aquirir um "lugar de empresa". Os 4 "empresários" escolhidos para a fotografia serão então, supostamente, jovens de sucesso, com carreiras brilhantes, amantes de futebol e do Sporting e que vão proporcionar aos seus funcionários, amigos e clientes grandes momentos de emoção futebolística.

Até sou do Sporting e por isso me interessou o anúncio. Mas parece-me que estes senhores, excepção para o que tem as mãos em cima da mesa, não podiam ter sido pior escolhidos. Já repararam na cara de labregos e de burros que eles têm? Quem acredita que estes pindéricos são gestores de sucesso? Quem vai querer comprar um "lugar de empresa", que até poderá ser aproveitado para engraxar clientes e fazer negócios, havendo a possibilidade de esbarrar com esta gente com cara de carteiristas?

Só gosto do levantamento da Taça, de fundo.

Le Sud Express



Num Domingo de Outono de 1887, o “Sud-Express” chegou pela primeira vez a Lisboa.Às 3 horas e 27 minutos “uma composição luxuosa, mobilada com esmero e sumptuosidade” entrou na Estação de Santa Apolónia terminando uma viagem de 46 horas que ligou, pela 1ª vez, Paris a Lisboa.

O Sud Express, que começou por ser semanal, fez a sua viagem inaugural para o público a 4 de Novembro. Não tardou que passasse a ser bissemanal e no começo do século, considerando a grande afluência de passageiros, passou a serviço diário. Este mesmo comboio, que só foi suspenso em 1940 devido ao início da II Guerra Mundial, esteve há dois dias atrás, parado no meio da linha devido aos incêndios, cortando assim, a nossa 1ª ligação pública à Europa.

Quem já fez inter-rails sabe como este comboio é lindo! Qual Expresso do Oriente, qual quê!

terça-feira, agosto 29, 2006

Como estou relativamente desmotivada, e também com pouco trabalho, acabo por perder algum tempo a passear, por aqui, pelos blogs dos outros. Podia perder o meu tempo a visitar sites de história, pintura, geografia e astrologia. Aprofundar os meus conhecimentos de musica (e sempre seria “estar a trabalhar”). Mas não. Não me apatece. Apetece-me ler os outros. Sobre o que escrevem, como escrevem. Sobre o que pensam de determinados assuntos que acabam por se tornar comuns em todos os blogs. Gosto também do carácter pessoal da coisa. É certinho. Com maior ou menor regularidade, o autor acaba sempre por escrever um postezito sobre si próprio. Ora ele é uma angústia, um medo, uma qualidade, um defeito, um trauma. Depois há também as comuns explanações sobre a sua personalidade. Eu sou assim, eu não costumo fazer assado, eu gosto muito de maçãs mas detesto escrever com bics, não sou vingativa e sou amiga do meu amigo. Adoro jantar fora mas ainda gosto mais do meu cão. E gosto desta merda! E comento blogs de pessoas que não faço a minima ideia de quem sejam. Comento, meto conversa, arruaço, faço perguntas. E depois no dia seguinte gosto de ir ver a continuação. Há de tudo: gravidezes de pessoas que nunca vi na vida, erasmus, mudanças de casas, divórcios, problemas no trabalho, sei quando estão de férias e para onde foram. Enfim. Assumo. Há quem goste de coca, eu gosto de blogs.

segunda-feira, agosto 28, 2006

Invenções de adolescência

Ontem uma colega minha do secundário lembrou-se disto.

No início dos anos 90 (é giro começar assim, dá-me ar de vivida), lá para os lados de Massamá, contava-se uma história que se tornou um mito. Houve alguém que, num exame de filosofia, onde se pedia para divagar sobre "o vazio" escreveu unicamente "é isto: " e nada mais. Teve 20 valores.

Ninguém nunca conheceu essa pessoa. Mas tenho uma vaga ideia que se atribuia a autoria a um gajo.

Tenho a sensação que fui eu que inventei essa história.

A Eva, do Adão, também já o fazia



Uma das sensações que mais gosto, quando tomo banho no mar, é a liberdade de poder fazer xixi ao acaso, quando me apetece. Assim, ao favor da corrente. Ir nadando e ir despejando. Ir falando e ir deitando umas pinguinhas. Fazer a dar uma cambalhota. Sentires calmamente o xeeeee......

sexta-feira, agosto 25, 2006

FIESTONNNNNNNNN

Caros todos

Só para irem sabendo. O FIESTON 2 já está em fase de preparação.

A festa de fim de Verão é a 29 e 30 de Setembro na Fazenda do Rogil. A 1 de Outubro acordam, e dão-me um beijo gigante de parabéns.

Fieston 2. O último grito deste Verão...

Bendita cocaína ( e as outras coisas todas também)

Uma boa notícia. Pelos vistos o vocalista dos Keane vai finalmente calar aquela boca. Apesar da história ter tudo menos originalidade ( "estou agarrado às drogas e ao álcool, preciso de ajuda, vou estar internado nos próximos meses"), livra-nos dos gajos, pelo menos até ao fim do ano. Haja sossego!

quinta-feira, agosto 24, 2006

Quem foi? Quem foi?



Quem é que num pulinho, na hora de almoço (relativamente alargada) tomou um banho maravilhoso, numa água linda com ondas de bandeira verde?

E quanto mais ilegal, mais a pato te sabe!

Hummmmmm.......

quarta-feira, agosto 23, 2006

"Abre a pestana"


Há dias tão giros!! E há noites tão animadas... e este Verão já teve umas tantas. Felizmente! Mas depois sentes um vazio. E de volta ao escritório, enfiada neste buraco, tapada do sol com os cortinados, e com o ruído da ventoinha de fundo, só me resta ver fotografias que me vão enviando em jpgs por mail, ou que estão por aí, expostas a público em sites, desculpem, sítios, do mundo.

fotografia: Cortesia de A Busca! "http://www.flickr.com/photos/noll75"

sexta-feira, agosto 11, 2006

Que gente!


Lá de vez enquando calha ir de metro para o trabalho. E até gosto. Demoro mais tempo, hoje até cheguei suada, mas dá para ver mais pessoas, para passear um bocado pelo Chiado logo de manhã e para ler o "Metro". Mas o que não suporto, irrita-me mesmo, são as pessoas que se colam às portas, para entrarem, com pressa de não sei de quê, e não deixarem, os outros que lá estão dentro sair. Que estúpidos! Dá-me vontade de os empurrar todos. Afastem-se! Não percebem que assim só dificultam, só fazem esta merda demorar mais tempo? Atrasados -mentais! Têm medo do quê? Que o metro fuja sem eles?

quinta-feira, agosto 10, 2006

Eiii !!



É impressão minha ou não anda aqui ninguém??

Isso é que era...



Ontem a Volta a Portugal acabou em Oliveira de Azeméis. O meu pai, como controlador anti-doping, conseguiu desmantelar, uma rede de tráfico de estupefacientes, de produtos químicos que aumentavam substancialmente a resistência dos atletas. A rede envolvia os próprios laboratórios de análises e abrangia a Volta a Portugal, a Tour de France e até o Giro. Ontem foi tudo preso, em Azeméis. E foi o meu pai que descobriu tudo! A UCI, agradecida congratulou-o com a medalha de honra de "Dirigente do Desporto do Ano" e atribuiu-lhe um prémio monetário mais que chorudo.
Hoje o meu pai ligou-me a contar a história. E que tinha decidido que a partir de agora, nos daria mensalmente (a mim é a minha irmã), nada mais, nada menos do que 1500 euros mensais. Tipo mesada, estás a ver?

quarta-feira, agosto 09, 2006

"Minto ao dizer que minto", ou algo do género

Durante o fim-de-semana do Sudoeste dediquei uma 1 horita de leitura ao novo conto do Peixoto. Aquele que saiu na Visão. O livro é giro e, apesar de muito simples, fez-me pensar. E tanto pensei no livro que agora estou envolvida nele.

A história passa-se em Lisboa, em Agosto. O narrador vive com mais 5 pessoas numa casa no Saldanha. Como está tudo de férias só ele, e o seu amigo Mefistófeles, estão em casa. O narrador escreve. Mas não se sente um artista frustrado. Porque escreve rascunhos, folhas soltas, para ninguém. Mas desta vez, resolve escrever uma carta, uma carta que depois fará 7 cópias e que espalhará pelas ruas de Lisboa. A carta é da Maria Amélia, dirigida ao Tó. Nela, a Maria Amélia despede-se do seu amante porque sente que o seu marido está prestes a descobrir o seu caso extra-conjugal. O seu discurso é meio popularucho. Recorda o Guincho e manda-lhe beijos calientes. No fim despede-se com o desejo de continuar a comunicar com ele via e-mail – mimelia@yahoo.com. A espera por uma resposta, para esse mail, de alguém que tenha apanhado a sua carta fictícia, torna-se a obsessão do narrador. O resto da história, se a quiserem saber, leiam o livro.

Entretanto, sozinha na caravana a vir para Lisboa, meia zapunada, lembrei-me. Claro que vou escrever também para a Maria Amélia e vou seguir a lógica do livro. Criei um mail – Tony Rebel, wings_of_freedom1963@hotmail.com (senha: amelia) – e escrevi:

Amélia

O que posso dizer sobre a tua decisão? Que lamento. Que para mim não foi só uma noite no Guincho, não eras só mais uma mulher ao meu lado. Tenho pena de nunca te ter dado a estabilidade que precisavas, a tua “família”... mas a minha alma precisa de ser livre, de estar no mundo.

Mas quero que sejas feliz!

Beijos molhados, do teu,

Tony Rebel


E agora ando permanentemente a abrir o Wings of Freedom 1963, à espera de uma resposta da Maria Amélia. Raios!

Sudoeste 2006, festival nostalgia?


Pois é. Parece incrível, mas passado dez anos, ainda vou ao Festival Sudoeste. Claro que vou porque tenho que ir, mas seja qual a razão, há 10 anos que lá passo. Só falhei um, em 2000, e arrependi-me. Não sei porquê, já não me lembro, mas arrependi-me.

Por pior que seja, tudo o que tenha a ver com o festival, há sempre um rol de aventuras que transformam estes dias num fim-de-semana bem passado. Na realidade, tão bom, como praticamente todos os que passo no meu Alentejo Sem Leis. A questão é que o do Sudoeste tem sempre mais histórinhas. Encontram-se sempre mil pessoas, conhecem-se mais outras tantas, apanham-se sempre umas valentes bebedeiras ( ou pelo menos uma das grandes), há sempre momentos de caos, há sempre a pressa de ter que ir para o festival porque se quer ver não sei o quê, que nunca se chega a ver.

Este ano para mim o cartaz era miserável. Mas como alguém me perguntou em que ano é que foi bom? E é verdade! Em que ano é que a merda do Sudoeste teve um bom cartaz? Eu gostava era de ir para ali, com a matilha toda, acampar à frente do Clube da Praia ( que já nem se chama Clube da Praia...), encontrar pessoas giraças, estar o dia todo na praia, fumar ganzas até morrer e por aí. Este ano, com os Daft Punk lembrei-me muito desses momentos. “Homework “foi sem dúvida a banda – sonora dessas viagens. Sempre um monte de miúdas aos gritos, a dizer parvoeiras pela boca fora. No 1º Sudoeste até meti uma pastilha, tal era a excitação. E por isso, o concerto dos Suede transformou-se num concerto do caralho! Num desses momentos de loucura prometemos nunca falhar um festival e imaginámo-nos logo de cadeiras de rodas, desdentadas ou de muletas mas ainda ali. A fumar passas e a galar gajos. Não me lembro porquê calhou à Sofia ser a 1ª a morrer.

O que posso eu agora dizer? Que aquela merda é uma exploração infantil? Bilhetes carissimos e o que os putos levam em troca? Lixo e mais lixo, bichas para tudo, um copito de plástico de Super bock a 1.5€, pó, cubículos porcos e mal-cheirosos para fazer um xixi, MacDonalds, Chicken Kentuckies, Palhaços da Worten, paredes TMN para deixar mensagens, uma volta na roda gigante se apanharem 10 copos de cerveja. Uma tenda manhosa, sem qualquer decoração e cheia de cordas para tropeçares, um palco principal com bandas de qualidade duvidosa e rodeado de barracas sponsering by. Um acampamento que mais parece um campo de refugiados palestiniano, mais pó e uma pulseira azul que te permite ficar com a marca do sol até ao próximo escaldão.

Muito mau mesmo. Mas a canalha que lá andava é que me dá curiosidade. O que terão sentido? Será que gostaram? Será que se divertiram tanto como eu nos primeiros anos? Este Sudoeste 2006 poderá ter sido palco para tantas coisas. Pelas suas idades arriscaria a imaginar que para muitos foi o 1ª fim-de-semana fora de casa, foi o 1ª acampamento, perderam-se virgindades, apanharam a 1ª bebedeira, a 1ª moca valente, a 1ª pastilha/MD/Cocaina/e/ou afins, a 1ª dormida na praia, o 1ª gregório. Descobriram-se novos amores, o 1ª amor, ou, foi lá que passámos a ser amigos (as) de verdade, foi lá que o (a) conheci, sei lá, tanta merda gira para acontecer. Tanta merda gira que lá me aconteceu...