quinta-feira, novembro 16, 2006

Eu e os meus últimos meses. Ou Eu e hoje e a minha loucura

Se em Novembro de 78 soubesse desenhar letras certamente escreveria. Se em Novembro de 88 tivesse tido coinsciência de, escreveria mesmo. Aos 4 anos sabemos mais sobre emoções que aos 14. Porque aos 4 sentimos e pronto. Aos 14 achamos que estamos em crise, que somos incompreendidos e que o mundo é uma merda. Pensamos no suícidio pela 1ª vez e ansiamos desesperadamente, libertarmos da alçada dos pais e ser independente.
Por isso os meus últimos meses foram, mais coisa menos coisa, iguais aos outros 12 meses x 32 anos da minha vida. Repletos de mudanças de humor, oscilando entre a felicidade desmedida e a angústia do banal, d’As Horas (como o filme).
E lá apareceram novas personagens, desapareceram outras. Felizmente as que apareceram foram melhores que as que se foram, e por isso, só por isso, foi bom. Para além disso, mantiveram-se outras tantas, o que faz o bom, passar para bom grande.
E também apareceram novas paisagens, novos formatos, novos estilos. Na realidade desapareceram outros muito bons também. E por isso, só por isso, foi mais ou menos.
E está a passar mais um ano e por isso, só por isso não é nada. Por isso nada.

Mas como o nada não é assim tão mau. Mas também não é bom, então é mais ou menos. Mas se o nada puder significar que "não aconteceu nada de mal" então é bom. Mas não acontecer nada........ socorro........

2 Comments:

At 10:47 da manhã, Anonymous Anónimo said...

A música diz, Hoje é (são) o 1º dia (os 1ºs meses) do resto da minha vida (tua vida).
São AS COISAS, da vida!

;)
Toni rebel

 
At 12:06 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Pelos vistos a ausência não foi sinónimo de cura no sanatório...

 

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