sexta-feira, abril 28, 2006

Moscas....Moscas.....Moscas.....Moscas.....



Parece-me que as moscas são a única coisa que não gosto do Verão. Estou sentada no sofá da sala, janela aberta, e no centro, um monte de moscas. Estou deitada na cama, janela aberta, e no centro, um molho de moscas. "Mira, ataca!". E pronto, lá vai a burra da cadela ladrar aos gatos no terraço... vocês têm assim tantas moscas em casa? Penso sempre que poderei ter mais moscas que o resto dos habitantes de lisboa; e penso que poderá haver uma relação directa entre esse facto, e a falta de limpeza que impera na minha casinha... Mas porquê que as moscas não constam no dito "livro vermelho"?? Porquê que só os bichos nices, como o lince da Malcata, a lontra do rio Mira, etc, é que estão à beira da extinção? E "à beira" porque ainda ninguém teve coragem de confessar que já não há nenhum...Porquê que moscas, melgas, baratas e esse tipo de bichos fatelas não desaparecem, de vez, das nossas vidas? Que fiquem no campo para servirem de alimento aos sapos, que andem na rua, por cima dos cagalhões, mas não chateiem. Não entrem em casa das pessoas assim! Sem serem convidados!

quinta-feira, abril 27, 2006

Não é só pra sê vôvô não...

A esperança de vida aumentou. E, em particular, a dos portugueses. Que bom, não? Por isso mesmo vamos ter que trabalhar mais anos, vamos ter que descontar mais, vamos ter mais doenças, precisar de mais cuidados de saúde e por isso, dar mais despesas ao estado. Para compensar o aumento de idosos, o governo aumentou os anos de trabalho ( "porque não faz sentido trabalharmos SÓ até aos 60 anos se vivemos até aos 90"), criou penalizações para as reformas antecipadas e agora, em vez de o valor da reforma ser a média dos 10 melhores anos, vai ser a média de todos os anos de vida laboral , ou seja, inclui os anos em que, no ínicío de carreira. se ganha uma miséria. Que grande felicidade.

quarta-feira, abril 19, 2006

Estou mesmo calminha. Dei por mim a ser compreensiva para os condutores.

O homem, mesmo tendo uma "relação estável", passa às vezes, garantidamente, "fome"...

sexta-feira, abril 07, 2006

Se não fosse tão naif...

Enquanto fumo o 2º cigarro do dia, na minha janela (sim! Agora tenho a melhor janela do escritório!) penso. Se fosse a gata cinzenta, que está no quintal da esquerda, para além de ser magra, podia estar a brincar com o cordel. E esfregar-me pelo chão ao sol. Se fosse o cão amarelado do quintal do lado direito, podia comer aqueles ossos soculentos, sem ter que trabalhar para os pagar. Se fosse a andorinha que está a fazer o seu ninho perto do telhado, podia voar e fartava-me de viajar de borla. Mas coitadas. As andorinhas esforçam-se à brava! Andam sempre aí, de um lado para o outro, à procura da Primavera, mas quando chegam ao sítio são têm é tarefas. Ora fazem o ninho, ora põem os ovos, ora arranjam comida para a família. Não têm descanso. Se eu fosse a árvore do quintal do cão, também não fazia nenhum o dia todo, mas vivia acimentada, entre prédios e ainda levava com os xixis em cima. Também poderia ser a toalha de banho que está no estendal. Mas só de imaginar, ter que limpar o rabinho da senhora que a estendeu... e se fosse o pardalito da velha do lado? Também faz pouco, só canta que nem um doido. Mas também é um desgraçado. Sempre para ali, engaiolado. E se eu fosse as flores dos canteiros da janela da frente? Não era mau... mas não dava, que sou alérgica a moscas, melgas, abelhas e a todos esses bichos manhosos ,que pensam que são pássaros, só porque têm algo similar a umas asas. E se fosse o escorrega de plástico, do puto que é dono do cão amarelo? Coitado do escorrega. Sofre tanto. Apanha com o cão, com o puto, com os pais do puto, com os amigos do puto, com a chuva. Já sei. E se fosse a bandeira de Portugal que, saudosistamente, persiste no ferro do varão do estendal? Mais outra angústia. Está toda ressequida. Já tem os dias contados. Quando chegar o Mundial cheira-me que desaparece dali e é trocada por uma novinha em folha, comprada nos chineses. Que gente é esta? Só têm tralha nos quintais. Afinal não quero ser nada disto. Só vejo cadeiras e vasos partidos, vassouras podres, chapéus-de-sol todos torcidos, bocados de metais, casotas, fogões, bancos, bidons. Tralha. Só tralha!
Já fumei. Esgotei o meu tempo para pensar nestas coisas.

quarta-feira, abril 05, 2006

Por favor, alguém que venha vender-me futilidades ao sofá!!



Ir às compras já é para mim um drama. Comprar um soutien, um pesadelo. Experimentá-los, pesadelo ao quadrado. Mas não levar o soutien que experimentei, e ainda ter que gramar com a senhora da loja a perguntar-me "porquê?" já é humilhante demais!!

terça-feira, abril 04, 2006

Já o Fernando Pessoa gostava. E não tinha computador!

Já repararam na quantidade de nomes que cada um tem agora? Eu tenho o meu nome do BI, o meu nome no blog, um outro (diferente) para o messenger, 3 mails com mais outros alter-egos diferentes. E “passwords”? Uma para entrar no computador, outra para entrar no servidor da edel, outra para os 3 mails, outra para o mail do blog, outra para entrar no blog, outra para entrar na página que me permite colocar fotografias no blog, E as “passwords” para entrar nas páginas de trabalho? Aquelas que são muito secretas e que cada editora que represento me envia e que não posso alterar? Ora para entrar na edel tenho a “asumares”; para entrar na PIAS “bollywood”, para a V2 “karkan”, para a sanctuary “frontline”, para a sanctuary, parte metal “ 452 st.45”, para a Domino “mundus”, para a Rykodisc “458 hann44”, etc, etc. Sem falar dos 400 pins, mais outras senhas para entrar em páginas que, por auto-iniciativa te inscreves: uma senha para o “allmusic”, uma senha para o MMS da Vodafone, uma senha para o “lyrics & Listen”, outra para o “Olhares.com”, um nome para jogar Buzz, etc, etc, etc. Com isto tudo, ainda querem que tenha cabeça, para decorar o nome dos jogadores do Sporting e seu respectivo número de camisola??

JOSÉ CID - MAXIME - 2 DE ABRIL


Quando o senhor se apresentou em palco, confesso que senti medo. Medo de ele poder estar decrépito, sem voz, e acima de tudo, medo da cambada de tolinhos que lá estavam, poderem, sem o mínino de respeito e consideração, gozar com o homem. Ainda tentaram. Mas o profissionalismo e a alma de artista de Cid calaram todos aqueles, que pensavam que tinham pago 12 euros para ir ao circo. Quem não se calou, e que bom, foi o Cid. E o seu piano.

Há tanto tempo que já não vos via. Que bom estarmos aqui todos juntos outra vez.

“.... vem, viver a vida amor, que o tempo que passou, não volta mais....”

CID!
CID!
CID!
CID!


“..... adios, adios, aufwiedersehen, goodbye.......”

Quero agora chamar ao palco o meu grande amigo Zé, ele vem de Guimarães só para vos cantar esta canção. Uma das canções que mais gostei de escrever.

“....Na cabana, junto à praia, entre as dunas e os canaviais
Só o vento, e o mar. e as gaivotas, falam desse amor.........
Lá, lá, lá, lá, lá.........”

Hoje temos aqui presente, o Presidente da Câmara de Lisboa. Obrigado, provavelmente hoje, é a 1ª vez que entra numa casa de alterne.

CANTA O MACACO!

“.... como o macaco gosta de banana, eu gosto de ti....”

A banana talvez seja das músicas mais ridículas que escrevi.

NÃO É NADA! NÃO É NADA! CID! CID! CID!


Se o Elton John tivesse nascido na Chamusca, não teria tido tanto êxito como eu.

“... El – Rei Dom Sebastião.....”

“.... cai neve em Nova York, faz sol no meu país.......”

Eu nasci no ribatejo. E lá não havia muitas raparigas. Mas ainda tive duas namoradas. Mas eram mesmo feias. Uma parecia a Odete Santos, a outra a Manuela Ferreira Leite.

“..... afinal qual é a tuaaaa?? Coração de papelão.......”

FAVAS! FAVAS! FAVAS!

Favas não canto. Não posso. Agora a falar a sério, estou com o ácido úrico muito elevado.


Agora a falar a sério. O José Cid é sem dúvida uma das figuras mais carismáticas do pop-hit /rock progressivo/jazz/foleiro de Portugal: como teclista e vocalista do Quarteto 1111, no Festival da Canção onde conquistou um dos nossos melhores lugares, no anúncio da Lipton ou como mãe do rock português. Mas não nos esqueçamos das letras e baladas foleiras, das bacoradas em programas de TV e revistas, das roupas em formato disco de ouro e de o valor que atribui a si próprio que não tem. Mas como está na moda tudo o que é retro, cá está ele, com mais de 60 anos, só ele e o seu piano, durante 2.30 H , a agradar, a divirtir e a encher 2 noites de Maxime. Não é para qualquer um.