quarta-feira, junho 22, 2005

Em grande!

Tenho cá para mim que este país assim não vai lá. O descontentamento generalizado está-nos enraizado no sangue e nem com transfusões diárias o vamos conseguir mudar. Temos todos RH-—, é o q é! Nós bem tentamos que a música nos entusiasme. Que o futebol nos safe. Que a política nos anime. Que a televisão nos distraia. Mas quando quase tudo parece bem encaminhado, lá nos chega o João Pedro Pais, os gregos, o Santana ou a Quinta e… zás! Afundamo-nos outra vez. A verdade é que não é com transfusões que lá vamos. Há que recomeçar do zero. Mas desta vez, pelas bases. Podemos, por exemplo, começar por banir homens com bigode farfalhudo de todos os programas de televisão (querem coisa mais deprimente do que o ex-chefe Manuel Luís logo pela manhã a animar velhinhas?). Ou por não permitir que os diminuitivos sejam usados por pessoas com mais de 6 meses. “Pipinha” não fica bem sequer ao “careca” de uma criança, quanto mais a uma carcaça. E por que é que insitimos em nos rebaixar e chamar o empregado de mesa por “chefe”? Ou até mesmo “sócio”? Não somos nós que estamos a pagar? Então o “chefe” somos nós, bolas. Temos que ser mais pragmáticos. Mais objectivos. Se queremos deixar de ser os coitadinhos da Europa (e do Mundo!), temos, também, que sair deste “cantinho à beira-mar”. Porque se “à beira mar” pode parecer agradável, o “cantinho” não o é de todo. O Brasil, que também está “à beira-mar”, tem uma “cidade maravilhosa”. Nós temos Coimbra e o Portugal dos Pequeninos. Vá, vamos lá todos fazer uma forcinha, por favor…