segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Ó Sr. Professor! Não se estique !

O professor do povo, das nossas gentes, está de volta à televisão. Desta vez pela mão do canal do estado. E assim, para contentamento de todos, assistimos ao regresso dos comentários , sobre tudo e mais alguma coisa, do Profº Marcelo Rebelo de Sousa.

O professor Marcelo é, para a maior parte dos portugueses, uma espécie de professor Pardal. Com ele passamos a saber muitas coisas. Porque “ele eu entendo”, com ele “não apanho seca” ou “só depois de o ouvir é que percebi o que era isso de “imunidade parlamentar” que o Paulo Pedroso tinha direito”. Até os socialistas, ou o mais purista apoiante do PC, se renderam à simplicidade das suas palavras.

A sua nova rubrica, “As escolhas de Marcelo Rebelo de Sousa” (Domingo, RTP, a seguir ao Telejornal), com Ana Sousa Dias, parece retirado de um sketch do Herman. Desde o cenário, à figura da apresentadora. E o Senhor Professor parece uma personagem de um qualquer desenho animado americano “satírico/pertinente”.

Todos sabemos que Marcelo já não está num canal líder de audiências e até que está a ganhar muito menos do que na TVI. Mas só por causa disso o pobre do homem tem que aparecer envolto naquele cenário miserável e ser entrevistado por uma senhora ( que a nível de perucaria é fã da Maria de Belém) que o interrompe, que fala ao mesmo tempo, que o corrige ( “não foi século passado Sr. Professor, foi séc.XIX”), que o ridiculariza ( “Boa pergunta!”) e que até lhe diz “ não se estique que a rubrica só tem 20 minutos!” ??

Conselho à Dª Ana Sousa Dias: As melhoras!
Conselho ao PSD: Manuela Ferreira Leite??

Back to hell

Ó que vida difícil... Depois de um tranquilo fim de semana em terras invictas, (onde o frio apertava bem menos) o regresso à normalidade. Aos mails. Aos presses. Aos telefonemas. Aos "radialistas"... Ó Sócrates, decreta lá a semana de 3 dias a ver se isto vai!
PS: Por que raio tenho que ser bombardeado com os bilhetes dos U2 em todos os meios de comunicação? Não tenho, não vou ter e não quero mesmo saber dos malucos que passam horas à porta da BP... Mas se alguém tiver por aí um convite...
PS2: Benvenuto, J.R. Que tudo corra bem e que empates logo à noite no Dragon...

sexta-feira, fevereiro 25, 2005

Nao me aguentei, peço desculpa...



Uma curva belíssima
Uma equipa fantástica
És a nossa fé
Força Sporting Allez

Possas! Que isto custa...custa muito...

Como vou aguentar estar no trabalho até às 7 com este cabeção? O cérebro esponjoso. As mãos trémulas. E o arroto a alho que não passa...

quinta-feira, fevereiro 24, 2005

Fundo de desemprego! Ou pelo menos, rendimento minimo...

Ou muito me engano ou este texto foi cortado pela censura. Deveria ter acabado com a frase "É que eu quero mais um tacho e durante os próximos quatro anos não sei o que faça para alimentar os meus vícios".

Porque este blog nao e so politica...



Ontem, enquanto via Maxi Lopez, o argentino que foi do Benfica durante umas entrevistas aos jornais desportivos cá do burgo, comemorar o golo do empate do Barcelona ao Chelsea de Mourinho, não pude deixar de me rir com a sua tão insólita comemoração. Maxi bateu Peter Chech e logo correu ao longo da linha de fundo, abrindo e fechando os braços como se fosse uma galinha. Só não percebi quem era o destinatário da coisa. Se o clube do milhafre, que abriu demasiado a boca e acabou por perder Maxi Lopez e teve de ficar com os seus Pernas de Pau, se José Mourinho, que apesar do (habitual) jogo psicológico que fez durante toda a semana (chegando, inclusive a tentar rebaixar Frank Rijkaard, uma pessoa que, por mais que Mourinho queira, lhe será sempre superior em termos de carácter - e títulos!), e de ter posto a sua equipa a defender escandolasamente durante 90 minutos, acabou por sair de Nou Camp vergado a mais uma derrota. Foi o momento da noite europeia.

quarta-feira, fevereiro 23, 2005

Mania das grandezas

Qual é a questão do PSD e dos líderes com mais de dois nomes? Francisco Sá Carneiro. Aníbal Cavaco Silva. Marcelo Rebelo de Sousa. José Manuel Durão Barroso. Pedro Santana Lopes. Luís Marques Mendes (este é um exemplo ainda mais estranho, já que só agora, em que se fala da sua candidatura à liderança do partido, começou a ser tratado pelo seu primeiro nome). Luís Filipe Meneses. Já não bastava a sigla, PPD/PSD... Dá para serem pessoas simples? Tipo, o Fernando Nogueira?

Línguas Cor-de-Rosa

Da fama e do boato já ninguém o livra. Se tivesse sido eleito Presidente da República, Portugal seria pioneiro. Vanguardista! E poderíamos contar com o apoio incondicional, não de uma Primeira – Dama, mas sim de um “Primeiro – Valete” !

terça-feira, fevereiro 22, 2005

Portugal em tons PINK!

Já não bastavam aqueles símbolos (o "fist" e a rosa!?) ainda resolveram pintalgar o país. E depois não querem boatos...

Lisboa, 2009

Em quatro anos (quase) tudo muda. Em 2001 eu não morava onde moro agora. Não era casado. Não tinha alguns dos amigos que tenho agora. Tinha amigos que agora não tenho. Tinha outro corte de cabelo. Não tinha o mesmo número de piercings. Tinha objectivos diferentes. Não gostava dos Franz Ferdinand. Ia a sítios diferentes. Não conhecia Salvador da Bahia. Não era fanático pelo meu clube. Era mais. Achava José Mourinho um gajo porreiro. Fumava um maço de Marlboro por dia. Agora fumo um maço de Português Suave Amarelo por dia. Não era fanático pelo José Luís Peixoto. Ainda não sabia o que era não estar "nos 20s". Não conhecia o "Russe". Há coisas que mudam. Nem sempre para melhor. Daqui a outros quatro anos se verá, dizem-me. E até lá? Espero sentado, de braços cruzados? Acho que vou cortar o cabelo para a semana...

segunda-feira, fevereiro 21, 2005

Somos a 1ª Força Política

Ainda não falam em nós. Ou melhor. Já falam, mas muito pouco. Não dá muito jeito para as forças políticas, eleitas democraticamente, por cidadãos, que estão a exercer o seu “direito”, ou melhor, o seu “dever” , comentarem que a abstenção foi mais uma vez elevadíssima ( dado ainda por cima a importância e exaltação inerentes a estas eleições) e que com 35% de valor nacional é a maior “vontade” dos portugueses.

O PS teve um resultado histórico para o partido atingindo pela primeira vez a maioria absoluta. E ainda por cima expressiva. O nosso país ontem parecia o autêntico mapa cor-de-rosa com vitória em todos os distritos com excepção de Leiria e da Madeira ( e mesmo neste conseguiram eleger o mesmo número de deputados que o PSD). Mas que grande vitória é essa? Vamos partir do pressuposto que somos mais de 10 milhões de portugueses, 9 milhões votantes. Se 35% não votou significa que foram às urnas 5.850 milhões. Se o PS obteve 45 %, 45 % de 5.850 milhões são 2.632 milhões, ou seja, a maioria absoluta do PS, a grande e expressiva vitória para o partido resume-se a 2.632 milhões de eleitores. A abstenção com 35% de 9 milhões arrecada 3.150 milhões de portugueses que, certamente por diferentes razões, resolveram não votar. Parabéns abstenção! Nós somos a maioria!

A ida às urnas legitima o poder democrático. Sem o voto dos cidadãos os políticos são representantes de quem? O crescente aumento e o sempre significativo resultado da abstenção quer em Portugal, quer no resto da Europa, tem, nos dias de hoje, um duplo significado. O desinteresse e o “com este dia de sol, prefiro ir para a praia” razões sempre atribuidos à abstenção está a dar lugar a uma posição política, a uma falta de confiança generalizada não só em relação aos líderes, mas também (ou se calhar, acima de tudo) ao próprio sistema político em vigor. A abstenção ameaça um sistema de regras e gestão que já provou ser ineficaz. Ninguém quer voltar para uma ditadura ou ter um Rei ( nem mesmo um Valete! ) mas necessitamos urgentemente de uma nova postura política. Algo que não permita a existência de “Assassinos Económicos”, ou melhor, indivíduos especializados ( economistas, gestores, estrategas) que trabalham para empresas ( mas que na verdade trabalham para os estados) que apresentam soluções atraentes a outros individuos/empresas ou países e que os tornam dependentes para o resto das suas vidas. (Exemplo dívida externa da Argentina, Chile, Tailândia, ....).

A história é cíclica. E estamos em altura de mudança. Não foi isso que nos apregoaram durante a campanha? O que necessitamos hoje é de um regime feito de pessoas, para pessoas. Um regime que não esconda o que o ser humano realmente quer! Mas que também saiba o que realmente o ser humano é! Não podemos continuar a esconder as nossas próprias características. Já todos sabemos que o ser humano não é mau, que todos somos, ou queremos ser, uns porreiros. Mas quem pode negar que somos também uma cambada de egoístas, egocêntricos e simpatizantes do materialismo? Dá para começar a pensar em uma mudança na própria democracia?

As Coisas

Nasci no dia a seguir à primeira maioria rosa.